4 fatos que fazem o Espumante se chamar Champanhe

Se você aprecia um bom espumante, deve se perguntar porque está incorreto chamá-lo de champanhe ou champagne, não é mesmo? Afinal, não se trata da mesma bebida? Na realidade, não é bem assim. 

E para entender porque champanhe, no Brasil, se chama espumante, continue lendo este artigo. Nos tópicos a seguir, você confere muitas informações relevantes a respeito do assunto. 


1 – O que significa o termo champanhe 

2 – Como surgiu o nome espumante 

3 – Como é o método Champenoise

4 – Outros métodos para produção de espumantes

5 – Conheça os espumantes da Vita Eterna 


1 – O que significa o termo champanhe 

Basicamente, só é possível chamar de champagne o espumante que é fabricado em uma determinada região da França, que é onde teve origem essa deliciosa bebida. Isso porque a champanhe é um DOC – Denominação de origem controlada. 

Região Champagne em um mapa da França. Local onde surgiram os espumantes
Região da França que deu origem ao nome Champagne, que no Brasil chamamos Espumante.

Ou seja, é um sistema de denominação usado para certificar não só vinhos, como também outros produtos agrícolas, como queijos e manteigas. Dessa forma, leva um determinado nome apenas os produtos que são fabricados em certa região. 

Além disso, esses produtos devem seguir um conjunto de regras contidas em legislação própria. E é isso justamente o que acontece com a champagne, sendo que apenas os espumantes produzidos na localidade de mesmo nome podem levar esse título. 

Portanto, vale saber que Champanhe é uma região francesa, distante 150 km da capital Paris, formada por mais de 300 aldeias e divididas em cinco departamentos. O local possui características próprias, responsáveis pelo espumante mais famoso do mundo. 

Essas características são o que se chama de terroir e consiste na combinação de clima, solo, topografia e, claro, método de produção. Assim, para receber o nome de champagne, o espumante deve ser feito de uvas cultivadas, colhidas e transformadas em vinho nesse local. 

As principais uvas responsáveis pela produção da bebida são a Chardonnay, a Pinot Meunier e a Pinot Noir. No entanto, é possível fazer uso ainda das variedades Petit Meslier, da Arbane Blanc, da Pinot Blanc e a da Pinot Gris. 

Além disso, o gás do champanhe é o resultado de uma segunda fermentação natural, que acontece ainda dentro das garrafas. Esse método leva o nome de Champenoise, também conhecido como Método Tradicional ou Método Clássico. 

2 – Como surgiu o nome espumante 

Embora a produção de espumantes na famosa localidade francesa seja muito antiga, só foi a partir de 1936 que se criou a lei reconhecendo a bebida fabricada na região de Champagne como a única que poderia levar esse nome. 

Com isso, os champanhes produzidos no Brasil passaram a ser chamados de espumantes, mesmo que não só no país, como em outras regiões do mundo, e mesmo em outros lugares da França, utiliza-se o mesmo método para a produção da bebida. 

Porém, com características diferentes, que variam de acordo com o local onde as uvas são cultivadas e colhidas. Da mesma forma, existe uma combinação de diferentes uvas, dando origem a bebidas de sabores variados. 

Além disso, mesmo que os produtores de espumantes sigam o método Champenoise, em seus rótulos, deve constar apenas os seus sinônimos, ou seja, método Clássico ou Tradicional. 

3 – Como é o método Champenoise

Esse método necessita que ao vinho base, que é formado na primeira fermentação, seja acrescentado o licor de tiragem, composto de leveduras e açúcar. E mais, para a segunda fermentação, a garrafa deve estar na horizontal. 

Todos esses processos produzem borras, que devem ser retiradas antes de levar a garrafa para o mercado. 

Assim, o espumante entra em um processo chamado de Remuage, onde a garrafa vai para um pupitre, um cavalete especial, sendo girada 90 graus todos os dias. Com isso, os resíduos vão se soltando e se acumulam no bico da garrafa.

O dégorgement é a etapa final da produção do espumante. Nesse processo, os resíduos que se acumularam no bico da garrafa são congelados. Por isso, tira-se a tampa de metal e eles são expelidos para fora da garrafa pela própria pressão natural do espumante.

Após, é colocado uma rolha de cortiça e, o espumante produzido no método Champenoise, está pronto para ser comercializado.

4 – Outros métodos para produção de espumantes

Para a fabricação de espumantes, existem ainda outros métodos, sendo que a maioria deles é fabricado por meio do Método Charmat. A diferença está na segunda fermentação, uma vez que acontece dentro de tanques de aço inox. 

Esse estilo de produção foi desenvolvido para viabilizar uma maior produção. Outro método é o chamado Asti, em que o gás carbônico da primeira fermentação é aproveitado, de modo distinto aos demais. Por conta disso, a sua graduação alcoólica é menor, entre sete a 10%. 

5 – Conheça os espumantes da Vita Eterna 

Embora não possam usar a denominação de champanhe, existem diversos produtores brasileiros que conseguem fabricar espumantes de alta qualidade. Como é o caso dos espumantes Vita Eterna. 

Vale lembrar que o espumante brasileiro é considerado um dos melhores do mundo. Prova disso é a alta qualidade da vinícola Família Tocchetto, localizada em Pinto Bandeira, sendo que a região está em processo de obter o DO – Denominação de Origem, para espumantes. Processo que é conduzido pela Associação dos Produtores de Vinho de Pinto Bandeira.

Dessa maneira, vai ser o primeiro DO do novo mundo para espumantes, afinal, a região possui o que é considerado o melhor microclima do Brasil para a produção da bebida. Os espumantes Vita Eterna são produzidos com uvas Pinot Noir, Chardonnay, Merlot e Moscato Branco. 

Para alcançar a mais alta qualidade, faz uso da vinificação natural, com o mínimo de intervenções possíveis, tanto na parreira como na vinificação. Também são utilizadas práticas biodinâmicas. 

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